Quando fui apresentado ao Learning 3.0, há alguns anos, muita coisa aconteceu! Eu me diverti, aprendi muito, conheci pessoas sensacionais e pude ver, na prática, o que eu realmente acredito. Escrevi alguns textos em português para o blog do Learning 3.0, que estão hidden na versão atual do site, então, decidi republicá-los aqui no Agile Momentum, afinal, falamos aqui o tempo todo sobre aprendizagem! Enjoy!
Você provavelmente conhece o final desta frase. Também é possível que você tenha, algum dia, brincado de “telefone sem fio”. Desde sempre sabemos que a comunicação de uma mensagem muda, de acordo com os interlocutores. Diariamente somos convidados a experimentar isto ou aquilo, para resolver de vez nossos problemas.
Mas quem nos conta como resolver nossas questões não deixa de colocar neste conto os seus pontos particulares. Então, o problema pode até ser superficialmente resolvido por uma falsa realidade criada. Mas essa solução faz sentido? Na minha carreira já li muitos manuais: de programação, de metodologias, de coaching,… E, invariavelmente todos possuem seus diferenciais como A Tábua da Salvação. Sabe aqueles livros cujo título começa com “A Bíblia”? Pois então… Fujo deles o mais rápido que posso. Por que?
Não existe nada mais gratificante do que encontrar soluções, construir conhecimento e colocar seus próprios pontos nos contos que a vida propõe!
Passamos um longo período dividindo o mundo em dois: o mundo dos grandes deuses pensadores e o mundo dos mortais com problemas reais, ávidos por soluções para seus problemas. Acontece que, nem sempre, os grandes pensadores conseguem resolver todas as questões. Não há dúvidas que existam pensadores que conseguem escrever coisas que façam sentido pra muita gente. Mas quem usa cegamente tais soluções não consegue nada além de criar um mundo padronizadamente robótico.
No mundo de hoje não há espaço para padronizações! Vivemos em um ambiente extremamente complexo, onde cada sistema tem suas características particulares. Não se pode desconsiderar isso. Não podemos nos adequar aos contos dos outros. Estamos na Era do Framework, onde as pessoas não aceitam mais que se diga a elas “como fazer”.
Manuais, livros, palestras… Tudo! Tudo deve registrar apenas “o que fazer”. Devem servir apenas como base para que o aprendizado e a solução nasçam do próprio ambiente. A aprendizagem emergente traz sentido e comprometimento a todos os envolvidos. Além de ser gratificante saber que você pessoalmente contribuiu para criar um ambiente melhor.
Então, como podemos abrir a mente para este novo mundo colaborativo? Existem alguns pontos que sempre procuro colocar em prática e que me tornam cada dia mais questionador.
– Leia muito! A leitura abre a mente para ter novas ideias. Todo tipo de leitura é válida. Desde o romance até o manual.
– Pergunte ao Google, ao Bing, ao Yahoo… Seja qual for o seu mecanismo de busca preferido, pergunte a ele sempre que tiver alguma dúvida e, por mais simples que seja, jamais consuma prontamente a primeira resposta.
– Colete opiniões e misture tudo! Tente conectar todas as ideias para extrair a sua.
– Inclua seus próprios pontos neste conto! “Sua opinião é muito importante para nós”! Você já ouviu esta frase! Mas aqui, sim, ela faz muito sentido! Não queremos mais ser soldados que lutam por uma causa que sequer se sabe qual é. Todo mundo tem sua hora, sua vez, sua voz!
E, mais importante:
Colabore e permita que todos os envolvidos colaborem! Conhecimento forjado cria robôs, não agrega valor a longo prazo, tampouco gera comprometimento. Já a aprendizagem emergente é gratificante e conecta as pessoas.
O conhecimento é algo a se compartilhar e todos nós temos algo muito importante a contribuir. Não tenha receio, se você não tem muita experiência. As maiores inovações nascem das ideias mais absurdas. Não consuma soluções propostas como se fossem únicas. Seja você também um dos co-responsáveis por aumentar um ponto no conto do seu sistema.