Quando fui apresentado ao Learning 3.0, há alguns anos, muita coisa aconteceu! Eu me diverti, aprendi muito, conheci pessoas sensacionais e pude ver, na prática, o que eu realmente acredito. Escrevi alguns textos em português para o blog do Learning 3.0, que estão hidden na versão atual do site, então, decidi republicá-los aqui no Agile Momentum, afinal, falamos aqui o tempo todo sobre aprendizagem! Enjoy!
O Facilitador* das sessões do Learning Canvas precisa estar o mais distante possível do problema em pauta. Ele precisa trazer as pessoas para o assunto, mas sem nenhum tipo de envolvimento. Para mim, esta é uma posição privilegiada, pois nesse papel, temos a capacidade de assistir “a mágica” acontecendo, mesmo que as pessoas não percebam.
Mas, de que tipo de “mágica” estou falando? Não! Não é sobre ver o aprendizado emergir através da troca de experiências. Estou falando das conexões que são feitas em uma sessão de Learning Canvas: conexões de ideias e de pessoas! E isso é algo mágico!
Já escrevi sobre comportamentos aprendidos pela nossa sociedade e pelo receio natural que temos de sermos julgados. E não há pecado algum em agir desta forma, justamente porque foi assim que nos ensinaram. Entretanto, em uma dinâmica como na usada com o Learning Canvas, este comportamento aprendido pode ser determinante para que a sessão não produza os efeitos desejados.
Veja pelo lado do Asker*: o Facilitador* cria um ambiente em que ele fique completamente despido de seus mecanismos de defesa, apenas com seus sintomas e o vislumbre de um mundo ideal. Por outro lado, Sharers* não competem nem com ele nem entre si para descobrirem quem tem o maior problema ou a melhor solução.
Quando os envolvidos estão abertos à experiência, o que é provável que aconteça? Uma conexão!
E bem diferente dos comentários quebra-gelo que são feitos durante reuniões tradicionais. As pessoas se conectam umas às outras e às suas ideias. E por que? Por causa de uma das primeiras frases que digo em todas as sessões que facilito: Não julgarás!
Se as pessoas da sessão estiverem livres do julgamento, a sessão acontece mais naturalmente. Mas o resultado maior é que as pessoas se conectam por suas ideias e por quem elas realmente são!
Quando um Sharer* explica que já teve um problema parecido com o do Asker*, ele expõe outras nuances da sua vida, que os outros ali presentes, podem não ter a menor ideia! Exemplo: estamos discutindo um problema de comprometimento de um grupo, que não consegue se reunir pois todos têm muitos compromissos. Então alguém levanta e diz que teve o mesmo problema com os ensaios da sua banda de rock. Peraí! Você tem uma banda de rock?!? I love rock and roll! So put another dime in the jukebox baby!!!
Perceba a conexão que se formou entre estas pessoas! Algo que fica adormecido no dia a dia surge e alguns se identificam e ficam cada vez mais empolgados em trocar suas experiências. Obviamente o Facilitador* deve cuidar, nesse caso, para que a coisa toda não vire uma jam session…
A mesma conexão acontece com as ideias. As pessoas ficam muito mais à vontade para enxergar pontos de conexões entre uma ideia e outra, e estas conexões têm valor incalculável para que o Asker* tenha os insights necessários para elaborar seu plano de ação.
E são destas conexões que nasce a inovação!
Lembre-se: inovar não é necessariamente inventar algo completamente novo; é trabalhar experiências e ideias para resolver os problemas de uma forma completamente diferente.
Então, se você tiver a oportunidade de participar de uma sessão de Learning Canvas, permita-se mostrar algumas das suas nuances mais escondidas. Faça conexões, como eu fiz ao escrever este artigo: deixei nele algumas conexões com coisas que já fiz e que curto. Por mais sutis que sejam as conexões, elas são a base da inovação.
#Learning30 Makes the People Come Together… Yeah!!!
* Asker, Sharers e Facilitadores são papéis do Learning Canvas. Clique aqui para ver o post original.