Estes dias utilizei uma versão reduzida desta dinâmica com meu time, por restrições de tempo. Mas recomendo fortemente que você invista em fazer a atividade na íntegra, para que sinta os seus efeitos.
Trata-se de uma dinâmica simples, baseada em uma figura bem simples. Meu time até pensou que iríamos fazer algo tipo A Modinha dos Livros de Colorir.

A História
Nosso time está em um barco (a vela), em direção à Ilha Paradisíaca do Sucesso. De dentro do barco, analisaremos alguns aspectos desta viagem, inicialmente, de forma individual e, mais tarde, em conjunto.
A Ilha
Como seu time vê a Ilha Paradisíaca do Sucesso? Comece a atividade, pedindo para que cada um anote, em post its, aonde querem chegar, juntos. Pode ser ao final do projeto, na próxima release, na próxima iteração… Você vai ter que fazer a lição de casa e determinar este milestone para o seu time. Quanto mais detalhes coletar, melhor!
O Vento: essa força que nos leva pra frente
Agora, deverá pedir ao time quais são as forças que impulsionam o time a chegar na Ilha. A ideia é não só identificar pontos fortes, mas também, motivadores. Por que você quer chegar na Ilha? Guarde a resposta desta última pergunta para outro momento, quando estiver falando sobre motivação.
Por hora, seu foco maior será em obter as forças do time.
Âncora: o que nos impede
Terceira fase da dinâmica, onde vamos começar a analisar o Lado Negro da Força. aqui, você, facilitador, deverá estimular o time a escrever nos post its todo tipo de impedimento que acontece com frequência.
A infra demora a atender requisições? Existe muita burocracia? O cliente não está engajado? As histórias estão mal escritas? Essa é a hora de falar destes assuntos que impedem que o time tenha uma viagem tranquila.
Rochas: riscos que corremos na jornada
Ainda falando sobre o Lado Negro, é hora de identificar possíveis riscos durante a jornada. É a vez de se perguntar “e se…”.
É importante ressaltar que esta os analisando o contexto que temos controle: o time. Infra demorar a atender requisições, burocracias empresariais são riscos. Mas quais são os riscos que podem ser controlados pelo time? E se o Fulano continuar chegando tarde todos os dias? E se não conseguirmos aprender esta nova tecnologia em tempo? E se Beltrano sair de férias, sendo o cara que mais conhece do sistema?
Sol: afinal, a jornada é pra ser apreciada
Voltando ao Soft Side, o time deve analisar o que apreciou durante o tempo analisado. O trabalho de repasse de conhecimento do cara que vai tirar férias, o esforço do Senhor Atrasadinho…
Também gosto de puxar aspectos que o time apreciaria no futuro próximo, ou seja, expectativas. Um treinamento? Uma mudança de comportamento? Tudo o que for contribuir para que o tempo corra macio.
Analisando a viagem

Agora que o time avaliou todos estes aspectos da sua jornada, de forma individual, vamos
olhar de longe o panorama e eleger alguns itens para discussão.
Dependendo da quantidade de post its e do time box, você pode usar algum tipo de votação para identificar quais assuntos o time quer se aprofundar, dentro do que chamamos de Lado Negro.
Cabe ao Facilitador resumir a história da viagem, começando pelo destino, ressaltando os pontos fortes e o que o time aprecia. MAS… Existem algumas coisas que estão atrapalhando a viagem.
Quando falarem sobre riscos, sempre pergunte: o que podemos fazer para que isso não aconteça ou para minimizar seu impacto na viagem?
Ao falar das âncoras, pergunte: nós poderíamos ter feito alguma coisa diferente para que isto não nos impactasse?
Gosto bastante desta atividade, pois, além de avaliar pontos fortes e fracos, também permite fazer uma análise de riscos, uma sutil análise de comportamento, identificando motivadores e identificando se os objetivos das pessoas envolvidas estão alinhados com os da empresa.
Mais uma vez, ponto para o lúdico!
Muito bom… uma forma bem interessante para uma avaliação e preparação do planejamento de um projeto, inclusive com riscos…
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Obrigado, Ademir! Abraços
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