Princípios Ágeis: menos é mais

Um dos erros que tenho visto com alguma frequência nas Iniciativas Ágeis que tenho acompanhado é que o trabalho da iteração não se traduz, ao seu final, em um software funcionado. Algumas empresas tem apenas modularizado em “sprints” o seu desenvolvimento, mas este pedaço do software sozinho simplesmente não funciona ou não acrescenta nada ao software em produção.

Isso é um grande erro, que tira da iniciativa ágil seu maior ganho. O Princípio Ágil que discutimos aqui é o seguinte:

Entregar software funcionando com freqüência, na escala de semanas até meses, com preferência aos períodos mais curtos.

Mas onde está o problema e qual seria a solução? Eu digo a você, leitor, que o problema está na definição do que é MVP. Se você tem bem definido qual é o mínimo produto viável e de que forma você pode acrescentar valor a ele, provavelmente você conseguiria entregar software funcional a cada iteração.

Não adianta usar Metodologias Ágeis se você “cascatiza” o software em desenvolvimento, e se você só que só terá algum “valor” para o negócio quando estiver inteiramente “pronto”.

Aliás, não acredito que exista software “pronto“! Veja, uma coisa é software estável; outra é software pronto. Se a empresa estiver realmente antenada com o mercado e preocupada em ter um diferencial neste mundo, constantemente terá que pensar em melhorias que, primeiro, minimize o trabalho manual do usuário, para que ele possa pensar em outras features que agregarão valor ao negócio e definirão o tão sonhado diferencial do mercado. É um ciclo que não tem fim: melhoria contínua.

Esta é uma crença limitante do mundo de desenvolvimento de software que precisa ser quebrada. Você, empresário, não pode mais ficar esperando que o seu site de e-commerce fique “pronto” do jeito que sonhou para vender seu produto. É possível iniciar com uma versão mais simples, com menos features, mas que já te colocam grana na conta! Que será utilizada para investir em outras features, que trarão mais grana e assim gira a roda!

Como disse anteriormente, cascatizar o desenvolvimento ágil é abrir mão de um dos seus maiores benefícios: a possibilidade de sentir como o seu mercado reagirá ao seu produto ou serviço e permitir que você tome decisões baseadas nestes resultados. E não em sonhos, devaneios e relatórios de consultorias.

A evolução precisa ser constante e o time de desenvolvimento precisa estar envolvido neste movimento. Acredito que, para o time, é muito mais recompensador ver o seu trabalho o mais cedo possível “na rua” do que ficar desenvolvendo algo que, um dia, entrará no ar.

Neste contexto, por menor que seja o software, o benefício de tê-lo funcionando é muito maior e valioso: também no mundo ágil, menos é mais!

E lá se foi mais um artigo da série sobre os Princípios Ágeis! Se você quer saber mais sobre o Mindset Ágil, não perca a oportunidade de participar do Agile Trends, um evento sobre agilidade e gestão, altamente inovador e interativo. Inscreva-se aqui! E continue ligado no Agile Momentum para os outros artigos da série!

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Marcelo L. Barros

Olá! Sou um cara criativo, curioso e detalhista, que, cada dia, mais se vê interessado em desvendar os mistérios desse "bicho gente"! Comecei minha carreira profissional em 1996, sou formado em Processamento de Dados pela FATEC de Santos. Naquela época tudo o que eu queria ter na minha frente era um computador e uma desafiadora regra de negócio, que se transformaria no melhor programa possível. Mas as coisas mudam! Concluí que quem faz software com qualidade são as pessoas e não as máquinas. Hoje, minha MISSÃO é ajudar pessoas e times a alcançarem seus objetivos, pois acredito que o sucesso pessoal e profissional está ligado a três pilares: FELICIDADE, MOTIVAÇÃO e SENTIDO. Como faço isso? 💡 MOTIVANDO pessoas, fazendo-as enxergar o 💡 SENTIDO das suas ações, que traz 💡 FELICIDADE por fazerem a diferença em suas vidas, suas empresas. Sou formado em Coaching pelo ICC e escrevo artigos sobre Métodos Ágeis, Comportamento, Inovação e Coaching. Vejo no lúdico a forma mais profunda de aprendizado. Procuro sempre conduzir reuniões de forma criativa, que tragam algum tipo de aprendizado aos participantes, seja por meio de dinâmicas de grupo ou jogos em equipe. Neste quesito, desenvolvi um jogo, a "Feijoada Ágil", para ensinar conceitos sobre trabalho em equipe. Se você, como eu, também acredita que eu posso te ajudar, deixe-me saber! Vamos tomar um café e, quem sabe, juntos podemos MUDAR O MUNDO!

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