
Eu sou um apaixonado por ferramentas visuais! Isso não é segredo pra ninguém! Existem muitas empresas que não apoiam esta prática, mas, por mim, todas as paredes seriam cheias de canvas, de todos os tipos. Acredito que a visibilidade para todos (não só para o time) traz mais engajamento e aumenta a preocupação do time em fazer a coisa toda andar. Afinal, o trabalho está exposto para quem quiser ver. E questionar.
Hoje vou falar rapidamente do Product Canvas, de Roman Pichler, uma ferramenta simples, mas poderosa, que ajuda O Product Owner a organizar o seu trabalho e a explicar ao time o produto que está sendo desenvolvido. Esta ferramenta complementa a linearidade do Product Backlog, fornecendo outros aspectos importantes para uma melhor compreensão do produto. Fantástico!
Basicamente, o Product Canvas é composto por:
Nome do Produto.
Visão, que descreve o objetivo do Produto. Acredite: tem muito projeto por aí que não tem uma visão claramente definida. Como você pretende engajar as pessoas, se elas estão codificando algo que não fazem ideia de que diferença vai fazer na vida do usuário?
Personas, que são os usuários do Produto e suas características. Quanto mais características forem incluídas, melhor. Já usei personificação em nível de criação de personagem mesmo: o time tinha uma pessoa, quase física que entendiam as dores, entendiam os benefícios do Produto para ela. Repare que estou falando de algo mais profundo que o “arroz com feijão” usado largamente em algo do tipo “Eu, gestor de marketing desejo…”. Dê nome, faça com que seu time tenha empatia por aquele personagem!
Jornadas, que contém as interações das suas Personas com o Produto, desenhando cenários e fluxos. Seu time precisa saber disso, para que ele também possa se sentir parte do desenho do Produto. E fluxos são importantes para validar, a qualquer hora, se o que está sendo desenhado atenderá às suas Personas.
Épicos são as funcionalidades macro do Produto. Mais uma vez, tem muito projeto por aí que não dá a mínima pros épicos, ou eles ficam só na cabeça do Product Owner. Mas, gente… é assim que se tem visibilidade do que está por vir! Não adianta nada o Product Owner aparecer com um kinder ovo em cada planning! Tem que compartilhar tudo!
Design, são os esboços das funcionalidades. Deixar os desenhos expostos pode gerar insights poderosos nos envolvidos, a qualquer momento! Mais uma vez, nada de kinder ovo!
Restrições operacionais que deverão ser levadas em consideração pelo time, como, por exemplo, requisitos de performance. Isso pode ajudar na elaboração da definition of done! Genial!
Estórias prontas, que deverão ser validadas e testadas.
Este simples canvas, baseado no MVP poderá auxiliar no aprendizado do Product Owner, a partir do feedback dos usuários, após as entregas. Veja que se trata de uma ferramenta viva, que se retroalimenta a todo tempo, em cada ciclo!
Pra mim, aí é que está a magia do uso de ferramentas visuais! Quando a coisa fica meio que “escondida”, ou você faz um trabalho não tão bom quando poderia fazer (afinal, o Product Owner tem tanta coisa pra fazer) ou você faz somente para preencher um protocolo. Usando esta abordagem, as pessoas cobrarão do Product Owner que o canvas esteja vivo!
Fique ligado aqui no Agile Momentum, pois vou falar um pouco mais sobre ferramentas de gestão ágil de produtos!
Até a próxima!
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