
O texto de hoje é curto, uma reflexão rápida.
Quando eu era criança lembro de ficar completamente fascinado por campos de golfe. Pela TV, o gramado parecida tão verde, tão vivo… Um verdadeiro tapete macio! Então, saia por aí procurando gramados, pra sentir a sensação que aquelas pessoas com certeza estariam sentindo.
Mas nunca achei um gramado tão macio, verde e fofo quanto aos dos campos de golfe da TV…
Quantos de nós não tivemos uma sensação parecida com esta? Talvez não em relação a campos de golfe; mas com relação à vida pessoal e profissional.
As pessoas nunca foram tão felizes! No facebook é claro! Somos diariamente invadidos por uma onda de felicidade alheia. Onda essa tão grande que, mesmo sem querer, nos coloca a pensar: poxa, seria legal se eu tivesse uma vida bacana como esse cara!
Profissionalmente, qual de nós, em plena segunda, nunca pensou: “ah, lá vou eu… mas eu seria muito mais feliz se tivesse Aquele emprego!” Nossas vidas são condicionadas a algum evento futuro que, muitas vezes, nunca chega: Aquele emprego, Aquela casa, Aquela namorada, Aquele dinheiro…
Estamos constantemente comparando nosso mundo com um Mundo Dourado e Perfeito, um gramado macio e fofo igual aos dos campos de golfe. Mas será que isso existe? E, se existe, o que estamos fazendo para chegar lá?
Não tenho nada contra a Esperança. Por estes dias li um livro que falava algo muito interessante sobre o conceito de esperança: ela jamais deve vir do verbo “esperar”, mas sim do verbo “esperançar”. Esperança deve ser uma ação e não uma atitude passiva.
Olhar a grama do vizinho (ou dos campos de golfe) e esperar que seu próprio gramado se torne igual é ter uma esperança vazia e confortável, uma espera sem fim e uma decepção. Profissionalmente, quantos de nós já se imaginou n’Aquele Emprego, sem, antes, pensar no que poderia fazer para melhorar sua ocupação atual? Como ser um profissional melhor e valorizado? Como criar sua própria realização dentro da sua realidade? Antes de olhar para o quintal do vizinho, temos que sair da nossa própria Zona de Conforto, olhar para o nosso próprio quintal e responder a algumas perguntas:
- O que há de errado com o meu gramado?
- Por que não acredito que que meu gramado é tão verde quanto poderia ser?
- O que posso fazer para que o meu gramado seja tão ou mais verde que o do vizinho?
Diz a sabedoria popular que “cada um sabe onde lhe aperta o sapato” e é verdade! Você até pode conseguir o gramado do vizinho. Mas, quando estiver lá, será que ele é mesmo tão verde, macio e fofo quanto você esperava? E se seu vizinho pensa o mesmo de você?
Você pode usar parâmetros de comparação como estimulo (esperançar) para construir uma realidade melhor. Mas, “cada macaco no seu galho”, cada um com sua missão, sua realidade. E todos saindo de suas zonas de conforto: é lá que as coisas realmente acontecem. E onde o gramado é realmente verde, macio e fofo, como os campos de golfe.