Conheçam o Sr. Rufos, o líder do Bando dos Castores. Líder? Bem… Talvez nem tanto! Pode parecer bobagem, mas tem muito líder por aí que se comporta apenas como um chefe. E existem diferenças cruciais entre dos dois perfis, que têm impacto direto na qualidade do trabalho feito pela equipe.
Vamos analisar o comportamento do Sr. Rufos em relação ao Bando dos Castores…
O Sr. Rufos tem fama de durão! Ninguém enrola o cara, é ele quem dá as cartas! Todas as decisões são tomadas por ele e pobre de quem discordar. Aliás, tanto faz se discordarem ou não: vai ser assim e pronto! Na verdade, ele é tão centralizador que, quase sempre, centralizou nele próprio o crédito pelos sucessos do Bando dos Castores!
Por outro lado, quando alguma coisa dá errado, a culpa é totalmente dos subordinados do Sr. Rufos! Obviamente a equipe se sente um tanto desmotivada por este estilo de gestão de liderança por autoridade. É o típico caso que dá tapinhas nas costas de quem faz um bom trabalho e uma joelhada em quem não tem um bom desempenho.
Tudo isso faz com que o Sr. Rufos seja um gestor temido e desmotivador. Bem, pelo menos, ele altera completamente os motivadores dos subordinados. A motivação de fazer um bom trabalho por que é o certo, pela satisfação de dever cumprido, por comprometimento e significado dá lugar à motivação pelo medo e insegurança.
Esta situação não é nada saudável para o time! Pressionar e meter medo vai gerar tanta insegurança no time que, quase que invariavelmente, o resultado final será o fracasso.
E o que é necessário para reverter a situação e tornar o Sr. Rufos um grande líder? O Sr. Rufos precisa apoiar seu time incondicionalmente! Claro que fracassos acontecem! É a velha história do dia da caça e do caçador: um dia a concorrência tem que ganhar, até mesmo para provocar a melhoria do time! Não há vergonha nenhuma em perder um desafio, desde que o time sinta o apoio do seu líder. Este pode ser o motor para a transformação em uma vitória muito mais significativa que a derrota anterior.
Um grande líder pensa no desenvolvimento dos seus liderados, divide vitórias e derrotas, inspira e motiva. Está sempre ali do lado, pro que der e vier.
Mas será que a culpa por ser um chefe é exclusivamente do Sr. Rufos?
Acredito que não! O Sr. Rufos aprendeu que tinha que ser chefe! Aprendeu com os pais, com os avós, com os colegas, amigos, com a sociedade! Ainda hoje aprendemos que temos que ser fortes! Temos que ser os melhores! Temos que ser perfeitos! Nossos filhos têm que tirar as melhores notas, nosso time tem que fazer mais gols. Sempre! É inadmissível perder para a concorrência. Quando isso acontece, tentamos jogar a culpa o mais longe possível. E pobre de quem tentar segurá-la!
Ao contrário, nos casos de sucesso, procuramos desesperadamente alguma coisa para nos segurarmos e mostrarmos ao mundo inteiro que fazemos parte daquele momento glorioso. Precisamos de aprovação! Precisamos ser Gigantes!
Sem querer, pela repetição do nosso comportamento, em vários pontos da nossa vida, criamos mais e mais Srs. Rufos a cada dia! E gastamos grande parte do nosso tempo reclamando dele! É um círculo vicioso que precisamos quebrar! Mas o que podemos fazer para criar líderes, ao invés de chefes e chefiados? Simples:
We need to change! Change the mindset!
Partindo de nós mesmos precisamos mudar o comportamento do “mais é melhor“. Sejamos o líder que queremos ter! Assim, vamos conseguir mudar o mindset do Sr. Rufos e seus semelhantes. Vamos atingir uma massa crítica capaz de mudar toda a sociedade!
Você, caro leitor, se lembra de alguma situação recente em que se comportou exatamente como o Sr. Rufos? Que tal contar pra gente?
E que tal fazer algo para mudar O SEU mindset?
I dare you!
We are one!
Excelente artigo que nos faz repensar nosso modo de agir!!!
O bom líder lidera pelo seu exemplo.
Como inspirar alguém a conviver de forma harmoniosa no ambiente que você se encontra, se você mesmo não tem autocontrole?
Vestida com o “chapeu” de Mestre em Educação Infantil e Relações humanas (mãe), pude compartilhar de momentos com meus filhos, onde minha reação foi de brigar, esbravejar por um “Copo quebrado”, sendo que em outras ocasiões, uma visita poderia quebrar uma porção deles, eu diria “Não se preocupe que não foi nada demais”.
Atualmente, eu contextualizo a imagem de como eu agiria com outras pessoas e direciono minhas ações.
A incongruencia prejudica todas as relações humanas, não só as profissionais, mas principalmente as de cunho pessoal e familiar.
Abraços Isa
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[…] escrevi sobre comportamentos aprendidos pela nossa sociedade e pelo receio natural que temos de sermos julgados. E não há pecado algum em […]
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