
Clicando pela internet achei um artigo bem interessante da Lydia Dishman para revista Fast Company, que fala sobre os segredos das companhias mais felizes da América. O trabalho foi baseado em uma pesquisa que revelou as 50 Companhias Mais Felizes. A pesquisa traz nomes de peso, como Microsoft, Oracle, Apple e Google. Derek Irvine resumiu o artigo focando em cinco pontos principais, as Cinco Regras Básicas do Colaborador Feliz. O interessante é identificar nestes pontos várias coisas que vão de encontro com o que é praticado pela Gestão Ágil.
Let’s take a look.
- Colaboradores felizes não permanecem no mesmo papel por muito tempo. A movimentação entre papéis diferentes e a possibilidade constante de se aperfeiçoar gera satisfação. As metodologias ágeis estimulam a criação de times multidisciplinares onde é praticada a liderança situacional. Desta forma, todos os membros do time têm oportunidade de liderar uma determinada situação. da mesma forma, times multidisciplinares permitem que as pessoas estejam capacitadas para assumir outras posições dentro da estrutura. Uma ótima saída para diminuir o turn over dessa galerinha jovem e cheia de vontade de conhecer coisas novas.
- Existe uma forte correlação entre felicidade e significado. Com a ausência do gerente e consequente divisão de todas as tarefas, tudo se torna transparente para os membros do time. As decisões são tomadas pelo consenso e não por um centralizador. Pessoas mais envolvidas tornam-se mais comprometidas por que entendem o significado das decisões.
- Um local de trabalho feliz é aquele que reconhece um trabalho bem feito. Reconhecer um trabalho bem feito muitas vezes não significa necessariamente premiar o colaborador com algo de alto valor monetário. É reconhecer e comemorar as vitórias do time.
- Reconheça que colaboradores são, primeiramente, pessoas, e depois trabalhadores. Pessoas são únicas, o que faz de seus trabalhos únicos. Já era aquela velha história de que trabalhadores são plenamente substituíveis. Isto fazia sentido quando se buscava o maior grau de especialização possível dentro das equipes e as pessoas eram responsáveis por partes tão pequenas do todo que poderiam realmente ser trocadas sem grandes prejuízos. Pessoas são pessoas e não robôs; e é assim que devem ser tradadas.
- Enfatize a integração trabalho / vida pessoal, nem sempre em equilíbrio. Ou seja, abra espaço para que o colaborador tenha uma vida pessoal. Se você entende que seu colaborador tem problemas que precisam ser resolvidos, automaticamente ele entenderá que sua empresa tem compromissos que deverão ser cumpridos. Já ouvi diversos relatos de pessoas que ficaram trabalhando até tarde ou durante o final de semana, por que tiveram que se ausentar do trabalho e precisam colocar as atividades em dia. E fazem isso com prazer. Por que? Por que não estão acorrentadas aos seus postos de trabalho. Compreensão gera comprometimento com o time e com a empresa.
O Mundo Ágil parece muito aberto e sem controles para você? Nem tanto. Lembre-se que sempre que você tentar tirar vantagem de alguma dessas “aberturas” existem outras pessoas no time que estão de olho. Mostrando às pessoas que a empresa confia o controle da sua operação aos times, as pessoas estarão engajadas da mesma forma como se a empresa fosse delas.
Isso significa que só as empresas ágeis podem ser felizes? Claro que não! Todas as empresas têm plena capacidade de se tornarem empresas felizes e atraentes para seus colaboradores, seja qual for a forma de gestão adotada.
Implementar ações que aumentem a satisfação dos colaboradores é algo relativamente simples. O grande desafio é mudar a Cultura de toda a Organização e das pessoas nela contidas. E este não é o tipo de iniciativa que pode ser tomada pelos colaboradores ou por alguns times. É necessário o verdadeiro e sincero envolvimento dos executivos da empresa no processo. Afinal, não adianta você “nadar contra a maré” da verdadeira essência da empresa, pois, a qualquer hora, ela aparecerá e os danos para a imagem da companhia podem ser irreparáveis.
E você, trabalha em uma empresa que te faz feliz? Quais destes cinco pontos você enxerga que estão enraizados na Cultura da sua Organização? Você consegue pensar em outros que seriam importantes para torná-la um lugar de gente feliz?
Ótimo texto!
Realmente tratar o indivíduo primeiro como pessoa e depois cmo profissional faz total diferença na GP.
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[…] motivação nas empresas é algo largamente discutido. Hoje é sabido que indivíduos motivados produzem mais. Quanto mais as expectativas pessoais e da […]
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